“O senhor vai me entender. Tenho filhos e estou a procura de uma escola que seja boa para eles...”Com essas palavras a jovem senhora se explicou ao senhor à sua frente, assentado numa poltrona, atrás de uma escrivaninha. Era o diretor da escola. Ele sorriu, levantou-se e fez um gesto com a mão... E foi assim que se iniciou a visita. Ele, diretor antigo, caminhava à frente, explicando as coisas da escola, da educação, da vida. Ele sabia sobre o que estava falando. Ela, jovem, mãe e dona de casa, ia seguindo, observando, ouvindo. Ele mostrava com orgulho as salas de aula, os laboratórios, as quadras esportivas, a biblioteca... Terminada a visita, de volta ao gabinete do diretor, a conversa aproximou-se do desfecho. O diretor estava confiante. Era difícil para uma mãe, uma simples dona de casa, resistir à autoridade e clareza dos seus argumentos. Foi então que a mãe tomou a iniciativa:“Como eu lhe disse, estou à procura de uma escola que seja boa para os meus filhos. E há algumas coisas a mais que gostaria de saber. Eu queria saber se essa escola é rigorosa, se ela aperta os seus alunos...” O diretor a tranqüilizou. “Quanto a isso a senhora pode estar descansada. Orientamos nossos professores no sentido de apertar ao máximo os alunos. A senhora compreende: vivemos num mundo competitivo, o vestibular está à espera e somente os mais aptos sobreviverão...” A mãe continuou: “Há uma outra coisa que me preocupa. Os alunos frequentam a escola por um período apenas, ou manhã, ou tarde. Sobra um tempo vazio... E eu desejo saber se a escola planeja esse tempo também, se é prática da escola dar tarefas para serem realizadas em casa, tarefas que encham esse tempo...” “Mas é claro. O nosso planejamento pedagógico se orienta no sentido de fazer com que os alunos estejam o tempo todo ocupados com as coisas da escola. No mundo em que vivemos não podemos nos dar ao luxo de tempo ocioso... O vestibular é cruel!” E, com um sorriso, acrescentou: “Eu sempre digo aos alunos, brincando: ‘Enquanto você está vadiando há um japonês estudando...’” A jovem mãe se levantou e, sorrindo, se explicou: “O senhor sabe... Como lhe disse, estou à procura de uma escola que seja boa para os meus filhos. A coisa que mais desejo para meus filhos é que eles sejam felizes. Portanto, uma escola boa para os meus filhos terá de ser uma escola em que eles se sintam felizes. Terá de ser uma escola em que eles aprenderão que aprender dá prazer. Uma escola em que os livros sejam um motivo de felicidade e não uma obrigação. Mas o senhor me disse que seus professores são orientados no sentido de ‘apertar’ as crianças. Agora, tomando por mim, eu não me sentiria feliz se vivesse sendo ‘apertada’. Aperto dá stress... Além do que, eu acho que é importante que as crianças tenham tempo livre para fazer o que quiserem: brincar, construir coisas, excursionar, fazer as infinitas coisas que não estão previstas nos programas escolares... Eu tenho medo de que, se meus filhos viessem a frequentar a sua escola, eles iriam associar aprendizagem com sofrimento e acabariam por ter raiva de aprender...” E ainda sorrindo, despediu-se do diretor e saiu rumo a uma outra escola...Literatura se faz com uma mistura de realidade e fantasia. Isso que relatei é literatura: não foi exatamente assim que aconteceu. Mas aconteceu! Essa mãe peregrinou de escola em escola à procura da escola na qual os seus filhos se sentiriam felizes. Depois de muito procurar, achou. Quem quiser saber os detalhes é fácil. É só procurar a Eliana França Leme.Quem é ela? Eu acho que as vocações não podem ser aprendidas. Só podem ser despertadas. Ninguém aprende a ser poeta. Ninguém aprende a ser compositor. Ninguém aprende a ser psicanalista. As vocações nascem com a pessoa, como sementes. Claro. Há os cursos, os saberes. Mas os cursos e saberes são apenas a terra onde a dita semente pode germinar. Penso o mesmo dos educadores. Não há escolas onde se produzam educadores. Os educadores nascem educadores. É o caso da Eliana.O que faz um educador é o amor pelas crianças; e o amor pelas crianças que teimam em viver mesmo naqueles que já cresceram. O amor é esperto: ele sempre acha um jeito de chegar até o lugar onde mora o objeto amado. Pois não foi isso que fez a Rapunzel? Ela, presa na torre. O seu amor, lá em baixo, longe... Aí o seu desejo do abraço fez seus cabelos crescerem, crescerem muito, até chegar ao chão. E os seus cabelos se transformaram, então, numa escada pela qual o seu Príncipe subiu até ela. Um psicanalista imaginoso diria logo: cabelos são fios que saem da cabeça. Ora, os fios que nascem da cabeça são os pensamentos. O amor faz nascer os pensamentos que levam até o objeto amado. É assim que acontece com os verdadeiros educadores: eles descobrem um jeito de chegar até as crianças.Pois foi o que a Eliana fez. Seus filhos cresceram e bateram asas. Mas ela continuou a amar as crianças. E da combinação de amor pelas crianças e inteligência cresceram, na cabeça dela, os fios que construíram o projeto educacional: “Quero-quero”. “Quero-quero” é o nome de um pássaro de pernas compridas (Vanellus chilensis lampronotus êta nome difícil!). Pode ser encontrado andando pelos campos. O nome está dizendo: quero, quero. Querer é desejar. Todos somos movidos pelo desejo. As crianças aprendem movidas pelo desejo. Essa é a intuição fundamental da Eliana: ela percebeu que a alma das crianças é habitada por sonhos, o maior deles sendo o desejo de ser amado e de construir o seu próprio futuro. Pedagogia do Desejo: é desse “quero-quero” que todos repetimos que brota o desejo de conhecer.E foi assim que ela e um grupo de amigos e voluntários começaram a construir um espaço para as crianças que vivem na pobreza e nas margens da sociedade. Ela descreve o seu projeto com a palavra “maternagem”. Quem usa a mesma palavra é o mestre Roland Barthes, dirigindo-se aos eruditos intelectuais franceses que assistiram, perplexos, à sua aula inaugural como professor do Collège de France. Ele sabia que mesmo os marmanjos que se assentariam nas suas classes não passavam de crianças. E ele descreve o seu projeto de maternagem como um espaço em que “as idas e vindas de uma criança que brinca em torno da mãe, dela se afasta e depois volta, para trazer-lhe uma pedrinha, um fiozinho de lã, desenhando assim ao redor de um centro calmo toda uma área de jogo, no interior da qual a pedrinha ou a lã importam finalmente menos do que o dom cheio de zelo que deles se faz.”É a criança que dá o programa. É ela que pega a pedrinha e o fiozinho de lã. A pedrinha e o fiozinho de lã são expressões do seu “quero-quero”. O centro calmo, a mãe, sorri e brinca. O seu sorriso diz à criança que ela pode ir, vir, explorar, se interessar pelo que quiser. Não se trata de um projeto para transformar as crianças em profissionais. As crianças vão para lá no período em que estão fora da escola. Para quê? Para serem elas mesmas. Para saber que elas não são objetos passivos que devem aprender aquilo que os adultos, mais fortes, lhes impõem: aquela pedagogia que a mãe chamada Paulo Freire chamou de “pedagogia bancária”: as crianças como cofres onde os adultos depositam seus capitais de saber, a fim de poder sacar, no futuro...A ciência, frequentemente, produz conclusões equivocadas. Piaget, analisando o desenvolvimento do aparato cognitivo das crianças, percebeu que ele passa por fases. Da mesma forma como uma planta passa por fases. Não se pode esperar que uma planta dê frutos quando ela ainda não está madura para isso. Essa constatação, que é científica, produziu uma conclusão pedagógica estranha: se as capacidades de aprender das crianças passam por fases, então as crianças devem ser agrupadas segundo a fase em que se encontram. Assim, o ambiente de aprendizagem de uma criança de 5 anos deve ser distinto e separado do ambiente de aprendizagem de uma criança de 9. As crianças aprendem, separadas em pequenos currais... Mas quando observamos um jardim Piaget, ao pensar sobre a aprendizagem, levou muito a sério o ambiente vital vemos que não é assim que a vida acontece: plantas, nas mais diversas fases de crescimento, convivem no mesmo espaço: árvores imensas ao lado de sementes recém brotadas, arbustos florescendo ao lado de plantas que perderam as folhas. É assim que é a vida. É nessa diversidade que se encontra a beleza do jardim. Jardim não é canteiro de mudas... Parte da aprendizagem, talvez a parte mais rica da experiência humana, é a convivência na diversidade: crianças, nas mais diversas fases de desenvolvimento cognitivo, habitando um mesmo espaço, aprendendo num mesmo espaço, ajudando-se umas às outras. Jardim... Inviável? É a falta de compreensão dessa dimensão humana que cria os mecanismos de segregação: as escolas se transformam em canteiros de mudas, todas iguais, separados por fase de crescimento. E se, no meio das mudas iguais aparece uma planta diferente, o jardineiro a arranca e a joga no lixo... Não seria bonito e verdadeiro se as escolas, ao invés de se parecerem com linhas de montagem, se parecessem com jardins? Se você quiser saber mais sobre o projeto “Quero-quero”, faça uma visita. Ele funciona no “Parque Ecológico”, numa das casas antigas, ao lado do Lago das Ninféias. Ou você pode falar diretamente com a Eliana: telefone 32552581, à tarde.(Correio Popular, 08/09/2002)
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
FALA MESTRE...
“O senhor vai me entender. Tenho filhos e estou a procura de uma escola que seja boa para eles...”Com essas palavras a jovem senhora se explicou ao senhor à sua frente, assentado numa poltrona, atrás de uma escrivaninha. Era o diretor da escola. Ele sorriu, levantou-se e fez um gesto com a mão... E foi assim que se iniciou a visita. Ele, diretor antigo, caminhava à frente, explicando as coisas da escola, da educação, da vida. Ele sabia sobre o que estava falando. Ela, jovem, mãe e dona de casa, ia seguindo, observando, ouvindo. Ele mostrava com orgulho as salas de aula, os laboratórios, as quadras esportivas, a biblioteca... Terminada a visita, de volta ao gabinete do diretor, a conversa aproximou-se do desfecho. O diretor estava confiante. Era difícil para uma mãe, uma simples dona de casa, resistir à autoridade e clareza dos seus argumentos. Foi então que a mãe tomou a iniciativa:“Como eu lhe disse, estou à procura de uma escola que seja boa para os meus filhos. E há algumas coisas a mais que gostaria de saber. Eu queria saber se essa escola é rigorosa, se ela aperta os seus alunos...” O diretor a tranqüilizou. “Quanto a isso a senhora pode estar descansada. Orientamos nossos professores no sentido de apertar ao máximo os alunos. A senhora compreende: vivemos num mundo competitivo, o vestibular está à espera e somente os mais aptos sobreviverão...” A mãe continuou: “Há uma outra coisa que me preocupa. Os alunos frequentam a escola por um período apenas, ou manhã, ou tarde. Sobra um tempo vazio... E eu desejo saber se a escola planeja esse tempo também, se é prática da escola dar tarefas para serem realizadas em casa, tarefas que encham esse tempo...” “Mas é claro. O nosso planejamento pedagógico se orienta no sentido de fazer com que os alunos estejam o tempo todo ocupados com as coisas da escola. No mundo em que vivemos não podemos nos dar ao luxo de tempo ocioso... O vestibular é cruel!” E, com um sorriso, acrescentou: “Eu sempre digo aos alunos, brincando: ‘Enquanto você está vadiando há um japonês estudando...’” A jovem mãe se levantou e, sorrindo, se explicou: “O senhor sabe... Como lhe disse, estou à procura de uma escola que seja boa para os meus filhos. A coisa que mais desejo para meus filhos é que eles sejam felizes. Portanto, uma escola boa para os meus filhos terá de ser uma escola em que eles se sintam felizes. Terá de ser uma escola em que eles aprenderão que aprender dá prazer. Uma escola em que os livros sejam um motivo de felicidade e não uma obrigação. Mas o senhor me disse que seus professores são orientados no sentido de ‘apertar’ as crianças. Agora, tomando por mim, eu não me sentiria feliz se vivesse sendo ‘apertada’. Aperto dá stress... Além do que, eu acho que é importante que as crianças tenham tempo livre para fazer o que quiserem: brincar, construir coisas, excursionar, fazer as infinitas coisas que não estão previstas nos programas escolares... Eu tenho medo de que, se meus filhos viessem a frequentar a sua escola, eles iriam associar aprendizagem com sofrimento e acabariam por ter raiva de aprender...” E ainda sorrindo, despediu-se do diretor e saiu rumo a uma outra escola...Literatura se faz com uma mistura de realidade e fantasia. Isso que relatei é literatura: não foi exatamente assim que aconteceu. Mas aconteceu! Essa mãe peregrinou de escola em escola à procura da escola na qual os seus filhos se sentiriam felizes. Depois de muito procurar, achou. Quem quiser saber os detalhes é fácil. É só procurar a Eliana França Leme.Quem é ela? Eu acho que as vocações não podem ser aprendidas. Só podem ser despertadas. Ninguém aprende a ser poeta. Ninguém aprende a ser compositor. Ninguém aprende a ser psicanalista. As vocações nascem com a pessoa, como sementes. Claro. Há os cursos, os saberes. Mas os cursos e saberes são apenas a terra onde a dita semente pode germinar. Penso o mesmo dos educadores. Não há escolas onde se produzam educadores. Os educadores nascem educadores. É o caso da Eliana.O que faz um educador é o amor pelas crianças; e o amor pelas crianças que teimam em viver mesmo naqueles que já cresceram. O amor é esperto: ele sempre acha um jeito de chegar até o lugar onde mora o objeto amado. Pois não foi isso que fez a Rapunzel? Ela, presa na torre. O seu amor, lá em baixo, longe... Aí o seu desejo do abraço fez seus cabelos crescerem, crescerem muito, até chegar ao chão. E os seus cabelos se transformaram, então, numa escada pela qual o seu Príncipe subiu até ela. Um psicanalista imaginoso diria logo: cabelos são fios que saem da cabeça. Ora, os fios que nascem da cabeça são os pensamentos. O amor faz nascer os pensamentos que levam até o objeto amado. É assim que acontece com os verdadeiros educadores: eles descobrem um jeito de chegar até as crianças.Pois foi o que a Eliana fez. Seus filhos cresceram e bateram asas. Mas ela continuou a amar as crianças. E da combinação de amor pelas crianças e inteligência cresceram, na cabeça dela, os fios que construíram o projeto educacional: “Quero-quero”. “Quero-quero” é o nome de um pássaro de pernas compridas (Vanellus chilensis lampronotus êta nome difícil!). Pode ser encontrado andando pelos campos. O nome está dizendo: quero, quero. Querer é desejar. Todos somos movidos pelo desejo. As crianças aprendem movidas pelo desejo. Essa é a intuição fundamental da Eliana: ela percebeu que a alma das crianças é habitada por sonhos, o maior deles sendo o desejo de ser amado e de construir o seu próprio futuro. Pedagogia do Desejo: é desse “quero-quero” que todos repetimos que brota o desejo de conhecer.E foi assim que ela e um grupo de amigos e voluntários começaram a construir um espaço para as crianças que vivem na pobreza e nas margens da sociedade. Ela descreve o seu projeto com a palavra “maternagem”. Quem usa a mesma palavra é o mestre Roland Barthes, dirigindo-se aos eruditos intelectuais franceses que assistiram, perplexos, à sua aula inaugural como professor do Collège de France. Ele sabia que mesmo os marmanjos que se assentariam nas suas classes não passavam de crianças. E ele descreve o seu projeto de maternagem como um espaço em que “as idas e vindas de uma criança que brinca em torno da mãe, dela se afasta e depois volta, para trazer-lhe uma pedrinha, um fiozinho de lã, desenhando assim ao redor de um centro calmo toda uma área de jogo, no interior da qual a pedrinha ou a lã importam finalmente menos do que o dom cheio de zelo que deles se faz.”É a criança que dá o programa. É ela que pega a pedrinha e o fiozinho de lã. A pedrinha e o fiozinho de lã são expressões do seu “quero-quero”. O centro calmo, a mãe, sorri e brinca. O seu sorriso diz à criança que ela pode ir, vir, explorar, se interessar pelo que quiser. Não se trata de um projeto para transformar as crianças em profissionais. As crianças vão para lá no período em que estão fora da escola. Para quê? Para serem elas mesmas. Para saber que elas não são objetos passivos que devem aprender aquilo que os adultos, mais fortes, lhes impõem: aquela pedagogia que a mãe chamada Paulo Freire chamou de “pedagogia bancária”: as crianças como cofres onde os adultos depositam seus capitais de saber, a fim de poder sacar, no futuro...A ciência, frequentemente, produz conclusões equivocadas. Piaget, analisando o desenvolvimento do aparato cognitivo das crianças, percebeu que ele passa por fases. Da mesma forma como uma planta passa por fases. Não se pode esperar que uma planta dê frutos quando ela ainda não está madura para isso. Essa constatação, que é científica, produziu uma conclusão pedagógica estranha: se as capacidades de aprender das crianças passam por fases, então as crianças devem ser agrupadas segundo a fase em que se encontram. Assim, o ambiente de aprendizagem de uma criança de 5 anos deve ser distinto e separado do ambiente de aprendizagem de uma criança de 9. As crianças aprendem, separadas em pequenos currais... Mas quando observamos um jardim Piaget, ao pensar sobre a aprendizagem, levou muito a sério o ambiente vital vemos que não é assim que a vida acontece: plantas, nas mais diversas fases de crescimento, convivem no mesmo espaço: árvores imensas ao lado de sementes recém brotadas, arbustos florescendo ao lado de plantas que perderam as folhas. É assim que é a vida. É nessa diversidade que se encontra a beleza do jardim. Jardim não é canteiro de mudas... Parte da aprendizagem, talvez a parte mais rica da experiência humana, é a convivência na diversidade: crianças, nas mais diversas fases de desenvolvimento cognitivo, habitando um mesmo espaço, aprendendo num mesmo espaço, ajudando-se umas às outras. Jardim... Inviável? É a falta de compreensão dessa dimensão humana que cria os mecanismos de segregação: as escolas se transformam em canteiros de mudas, todas iguais, separados por fase de crescimento. E se, no meio das mudas iguais aparece uma planta diferente, o jardineiro a arranca e a joga no lixo... Não seria bonito e verdadeiro se as escolas, ao invés de se parecerem com linhas de montagem, se parecessem com jardins? Se você quiser saber mais sobre o projeto “Quero-quero”, faça uma visita. Ele funciona no “Parque Ecológico”, numa das casas antigas, ao lado do Lago das Ninféias. Ou você pode falar diretamente com a Eliana: telefone 32552581, à tarde.(Correio Popular, 08/09/2002)
domingo, 27 de dezembro de 2009
REFLETINDO UM POUCO...
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
FLOR DA MANHÃ
Parece uma linda gazela,
Com leveza e graça infantil,
Com raios solares matinais do lindo sertão,
Tão linda e meiga és tu, menina!
O criador a fez como uma linda flor,
Perfeita e sensível aos olhos do admirador,
Que encanta o mais insensível e inútil ser,
Que perambula nos campos a sofrer.
Quando os rapazes que passam pela estrada,
Ao ver num encanto juvenil e faceiro,
Olhando com desprezo àqueles que desejam,
Apenas por instantes contemplar - ti.
Oh! Linda menina cruel e desalmada,
Por que feriste o coração de um pobre homem?
Tu és culpada, linda flor, de induzir-me a amá-la!
Eu queria apenas admirá-la.
Não precisa, ó linda flor,
Viver ao meu lado,
Permita-me apenas,
Admirá-la.
Não desdenhas de mim, ó menina!
Não perturbes a minha paz.
Sei que não sou digno de ti,
Mas... Deixe-me apenas amá-la.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
REFLEXÃO
domingo, 13 de dezembro de 2009
HOJE EU CHOREI
Sou um admirador das almas sensíveis e tenho a honra de ser amigo de uma grande poeta do Estado do Rio de Janeiro. A sua sensibilidade me cativa muitíssimo. Vejam abaixo uma de suas poesias:
Hoje eu chorei,
E nem sei o real motivo para essas lágrimas.
Vá saber, nessa mente vazia, a dor que passa
Quando choro sem mesmo saber onde é que me dói.
Hoje eu chorei,
E notei que o alívio não veio, nem mesmo depois
Que juntei pela cama os vestígios do amor de nós dois.
E sem mais eu fiquei lamentando essa dor que corrói.
Hoje eu chorei,
E pensei que seria melhor não contar pra ninguém
Que essa febre em meu corpo já faz tempo e não tem
Um remédio que eu possa tomar e curar a ferida.
Hoje eu chorei,
E cansei de secar uma lágrima de presença eterna,
E deixei de sonhar a ilusão de sorrir mais sincera,
Como era quando encontrava em você a saída...
Vanessa Rodrigues
domingo, 6 de dezembro de 2009
PARA QUE SERVE A ARTE NA EDUCAÇÃO?
Ao longo de seu artigo a professora responde este e outros questionamentos. Ela ainda destaca, dentre outras coisas, o elitismo da arte no Brasil que tem explicação na História, onde quem designa quem é artista em nosso país é o homem branco descendente de europeu.
A mulher, não tem espaço devido a hegemonia do homem. Assim sendo é mais um motivo de exclusão a qual o povo comum, ou seja, a massa é tolhida impiedosamente de apreciar a Arte no Brasil.
“Um país só pode ser considerado culturalmente desenvolvido se tiver uma produção de alta qualidade e uma compreensão desta produção também de alta qualidade”. Este é o pensamento da professora Barbosa que arremata dizendo: “No Brasil precisamos democratizar a compreensão da Arte e da Cultura”. Talvez este seja um dos principais desafios que o Brasil enfrenta, no campo da Arte, mas nem tudo está perdido, pois recentemente o governo da Bahia trouxe para Salvador obras de Auguste Rodin, que estão a disposição de todos os brasileiros no Palacete das Artes. Observamos na prática com essa atitude o que deseja a professora Barbosa e todos os amantes da Arte: a democratização de um patrimônio que é de todos nós.
É sem dúvida um grande desafio inserir a Arte no meio educacional, tendo em vista a pouca preparação dos professores e, principalmente o descaso de muitos gestores municipais que desconhecem a importância da Arte; talvez isso seja devido a ignorância da maior parte desses que dirigem as cidades brasileiras.
Concluindo, quero considerar mais um pensamento da professora Ana Mae Barbosa “a Arte torna a pessoa mais inteligente”. Fica aqui nosso desejo de que um dia todos tenham acesso a Arte desde a mais tenra idade.
sábado, 5 de dezembro de 2009
MOZART
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
III CONFERÊNCIA DE CULTURA
domingo, 29 de novembro de 2009
RUBEM ALVES
"De todos os sentidos, o mais importante para a aprendizagem do amor, do viver juntos e da cidadania é a audição. Disse o escritor sagrado: “No princípio era o Verbo”. Eu acrescento: “Antes do Verbo era o silêncio.” É do silêncio que nasce o ouvir. Só posso ouvir a palavra se meus ruídos interiores forem silenciados. Só posso ouvir a verdade do outro se eu parar de tagarelar. Quem fala muito não ouve. Sabem disso os poetas, esses seres de fala mínima. Eles falam, sim. Para ouvir as vozes do silêncio. Veja esse poema de Fernando Pessoa, dirigido a um poeta: “Cessa o teu canto! Cessa, que, enquanto o ouvi, ouvia uma outra voz como que vindo nos interstícios do brando encanto com que o teu canto vinha até nós. Ouvi-te e ouvia-a no mesmo tempo e diferentes, juntas a cantar. E a melodia que não havia se agora a lembro, faz-me chorar...” A magia do poema não está nas palavras do poeta. Está nos interstícios silenciosos que há entre as suas palavras. É nesse silêncio que se ouve a melodia que não havia. Aí a magia acontece: a melodia me faz chorar.
Não nos sentimos em casa no silêncio. Quando a conversa para por não haver o que dizer tratamos logo de falar qualquer coisa, para por um fim no silêncio. Vez por outra tenho vontade de escrever um ensaio sobre a psicologia dos elevadores. Ali estamos, nós dois, fechados naquele cubículo. Um diante do outro. Olhamos nos olhos um do outro? Ou olhamos para o chão? Nada temos a falar. Esse silêncio, é como se fosse uma ofensa. Aí falamos sobre o tempo. Mas nós dois bem sabemos que se trata de uma farsa para encher o tempo até que o elevador pare.
Os orientais entendem melhor do que nós. Se não me engano o nome do filme é “Aconteceu em Tóquio”. Duas velhinhas se visitavam. Por horas ficavam juntas, sem dizer uma única palavra. Nada diziam porque no seu silêncio morava um mundo. Faziam silêncio não por não ter nada a dizer, mas porque o que tinham a dizer não cabia em palavras. A filosofia ocidental é obcecada pela questão do Ser. A filosofia oriental, pela questão do Vazio, do Nada. É no Vazio da jarra que se colocam flores.
O aprendizado do ouvir não se encontra em nossos currículos. A prática educativa tradicional se inicia com a palavra do professor. A menininha, Andréa, voltava do seu primeiro dia na creche. “Como é a professora?”, sua mãe lhe perguntou. Ao que ela respondeu: “Ela grita...” Não bastava que a professora falasse. Ela gritava. Não me lembro de que minha primeira professora, Da. Clotilde, tivesse jamais gritado. Mas me lembro dos gritos esganiçados que vinham da sala ao lado. Um único grito enche o espaço de medo. Na escola a violência começa com estupros verbais.
Milan Kundera conta a estória de Tamina, uma garçonete. “Todo mundo gosta de Tamina. Porque ela sabe ouvir o que lhe contam. Mas será que ela ouve mesmo? Não sei... O que conta é que ela não interrompe a fala. Vocês sabem o que acontece quando duas pessoas falam. Uma fala e outra lhe corta a palavra: ‘é exatamente como eu, eu...’ e começa a falar de si até que a primeira consiga por sua vez cortar: ‘é exatamente como eu, eu...’Essa frase ‘é exatamente como eu...’ parece ser uma maneira de continuar a reflexão do outro, mas é um engodo. É uma revolta brutal contra uma violência brutal: um esforço para libertar o nosso ouvido da escravidão e ocupar à força o ouvido do adversário. Pois toda a vida do homem entre os seus semelhantes nada mais é do que um combate para se apossar do ouvido do outro...”
Será que era isso que acontecia na escola tradicional? O professor se apossando do ouvido do aluno ( pois não é essa a sua missão?), penetrando-o com a sua fala fálica e estuprando-o com a força da autoridade e a ameaça de castigos, sem se dar conta de que no ouvido silencioso do aluno há uma melodia que se toca. Talvez seja essa a razão porque há tantos cursos de oratória, procurados por políticos e executivos, mas não haja cursos de escutatória. Todo mundo quer falar. Ninguém quer ouvir.
Todo mundo quer ser escutado. (Como não há quem os escute, os adultos procuram um psicanalista, profissional pago do escutar.) Toda criança também quer ser escutada. Encontrei, na revista pedagógica italiana “Cem Mondialità” a sugestão de que, antes de se iniciarem as atividades de ensino e aprendizagem, os professores se dedicassem por semanas, talvez meses, a simplesmente ouvir as crianças. No silêncio das crianças há um programa de vida: sonhos. É dos sonhos que nasce a inteligência. A inteligência é a ferramenta que o corpo usa para transformar os seus sonhos em realidade. É preciso escutar as crianças para que a sua inteligência desabroche.
Sugiro então aos professores que, ao lado da sua justa preocupação com o falar claro, tenham também uma justa preocupação com o escutar claro. Amamos não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A escuta bonita é um bom colo para uma criança se assentar..."
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
PROJETO NO CEP
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
O FILME DO ANO
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
terça-feira, 17 de novembro de 2009
O NOVEMBRO NEGRO NA BAHIA
São diversas as exposições, mostras de filmes, conferências, oficinas, marchas, seminários, realizadas em Salvador e em municípios como Alagoinhas, Lauro de Freitas, Camaçari, Conceição da Feira, Irecê, Porto Seguro, Seabra, Souto Soares, Ituberá, Itacaré e Juazeiro, sempre com abordagens étnico-raciais. Ao público em geral, a chamada à reflexão sobre o contexto do racismo no Brasil chega através de uma forte campanha publicitária, lançada pela Sepromi em veículos de comunicação como outdoor, tv, rádio, jornal, revistas, ônibus e mobiliários urbanos.
"A nossa idéia é consolidar um ambiente favorável para a implementação de políticas de promoção da igualdade racial no estado da Bahia", afirma a secretária de Promoção da Igualdade, Luiza Bairros, que destaca o Decreto Estadual de Políticas para as Comunidades Remanescentes de Quilombos entre as ações de governo a serem lançadas no bojo do Novembro Negro. O documento, que define as diretrizes das políticas públicas baianas para quilombos, será assinado pelo governador Jaques Wagner em ato com participação do presidente Luís Inácio Lula da Silva, nos 20 de Novembro, na Castro Alves.
A praça mais popular de Salvador será palco de outros atos como a assinatura do Estatuto Nacional de Promoção da Igualdade Racial, pelo presidente Lula, e o anúncio do governador de comunidades que serão beneficiadas com a regularização de suas terras. Desta forma, a Castro Alves será o espaço da celebração nacional do 20 de Novembro, concentrando todas as manifestações tradicionais da data, a exemplo das caminhadas que saem do Campo Grande e da Liberdade.
domingo, 15 de novembro de 2009
120 ANOS DE REPÚBLICA
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
SOMOS RACIONAIS?
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
REVISTA FORBES E NÃO A VEJA

terça-feira, 10 de novembro de 2009
SEU NOME FAZ JUS
domingo, 8 de novembro de 2009
NOSSO PATRIMÔNIO
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
ÁLISSON MENEZES
ESTAMOS MUDANDO
terça-feira, 3 de novembro de 2009
CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES
"É no problema da educação que se assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade". IMMANUEL KANT
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
A FALA DO MESTRE
sábado, 31 de outubro de 2009
ITO MORENO
Aos 15 anos se muda para Salvador, quando tem contato com o movimento cultural Poetas da Praça, iniciando um novo aprendizado cultural na efervescente capital da Bahia. A cultura soteropolitana, a influência de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Dorival Caymmi, João Gilberto, constituem um caldeirão, uma salada de influências na vida desse compositor interiorano". As informações acima estão no sítio de Ito Moreno.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
POR QUE FREIRE AINDA INCOMODA A ELITE BRASILEIRA?
terça-feira, 27 de outubro de 2009
PAULO FREIRE 2ª PARTE
sábado, 24 de outubro de 2009
CARNE E CAPITALISMO
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
O NOSSO MENESTREL
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
UM PENSADOR ADMIRÁVEL
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
ESTAMOS NO CAMINHO CERTO
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
ESTAMOS CERCADOS DE ABUTRES
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
O DIA DA CRIANÇA E DO MERCADO
domingo, 11 de outubro de 2009
UM SINDICATO ATUANTE
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
NOBEL DA PAZ?!
Pelo menos um abaixo-assinado online contestando a entrega do Prêmio Nobel da Paz ao presidente dos EUA, Barack Obama, já circula, informou Susan Davis no blog Washington Wire, do Wall Street Journal. Segundo ela, tomando como base as primeiras assinaturas, a petição surgiu na Polônia e o objetivo do grupo é coletar um milhão de nomes.
"Vamos expressar nossa objeção a essa decisão absurda de conceder a B. Obama o Prêmio Nobel da Paz. Seu trabalho ainda não resultou em conquistas incomuns. Embora seu potencial não possa ser negado, a decisão do Comitê do Nobel é definitivamente prematura e, além disso, política”, diz o abaixo-assinado.
O texto lembra que os já laureados com o prêmio “passaram anos dedicando-se ao trabalho duro e consistente por seus ideais”. Susan Davis trabalha para o Wall Street Journal e é a principal escritora do blog do diário. As informações são da Dow Jones.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
UM GRANDE PENSADOR BAIANO
O Brasil e mundo deve muito ao pensador Milton Santos por suas inigualáveis contribuições que dera ao longo de sua vida. A todos nós resta-nos aproveitar o grande legado que são as obras desse brilhante intelectual. Leia a seguir matéria que faz alusão à vida do professor Milton Santos.
Prof. Dr. Milton Santos (Milton de Almeida Santos ou Milton Almeida dos Santos), nasceu em Brotas de Macaúbas, no interior da Bahia, no dia 03 de Maio de 1926. Geógrafo e livre pensador brasileiro, homem amoroso, afável, fino, discreto e combativo, dizia que a maior coragem, nos dias atuais, é pensar, coragem que sempre teve. Doutor honoris causa em vários países, ganhador do prêmio Vautrin Lud, em 1994 ( o prêmio Nobel da geografia), professor em diversos países (em função do exílio político causado pela ditadura de 1964), autor de cerca de 40 livros e membro da Comissão Justiça e Paz de São Paulo, entre outros. O Prof. Milton Santos formou-se em Direito no ano de 1948, pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), foi professor em Ilhéus e Salvador, autor de livros, que surpreenderam os geógrafos brasileiros e de todo o mundo, pela originalidade e audácia: "O Povoamento da Bahia" (48), "O Futuro da Geografia" (53), "Zona do Cacau" (55) entre muitos outros. Em 1958, já voltava da Universidade de Estrasburgo, da França, com o doutorado em Geografia, trabalhou no jornal "A Tarde" e na CPE (Comissão de Planejamento Econômico-BA), precursora da Sudene, foi preso em 1964 e exilado. Passou o período entre 1964 a 1977 ensinando na França, Estados Unidos, Canadá, Peru, Venezuela, Tânzania; escrevendo e lutando por suas idéias. Foi o único brasileiro e receber um "prêmio Nobel", o Vautrin Lud, que é como um Nobel de Geografia. Outras de suas magistrais obras são: "Por Uma Outra Globalização" e "Território e Sociedade no Século XXI" (editora Record) .
Milton Santos, este grande brasileiro, morreu em São Paulo-SP, no dia 24 de Junho de 2001, aos 75 anos, vítima de câncer.
Para ler entrevista com Milton Santos visite o sítio:
www.nossosaopaulo.com.br
terça-feira, 6 de outubro de 2009
A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
MINISTRO BELGA BRINDA O FIM DA "MAROLINHA"
sábado, 3 de outubro de 2009
ORGULHO DE SER BRASILEIRO
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
CULTURA EM PLANALTO
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
AGORA SOMOS RESPEITADOS!
Jornal inglês vê Brasil “mais rápido, mais forte, mais alto”
O jornal cita a popularidade de Lula
Com o título "A ascensão e a ascensão do Brasil: mais rápido, mais forte, mais alto", o Independent publicou duas páginas, do correspondente Hugh O'Shaughnessy, apontando o favoritismo para os Jogos de 2016. Diz que na sexta "o voto pode ser um marco na jornada do Brasil para deixar de ser o eterno país do futuro". Cita a popularidade, de Lula o G20, a resistência ao "impostor" de Honduras.
Leia a matéria completa em: www.patrialatina.com.br
A IMPRENSA GOLPISTA NÃO PERDE TEMPO
Na imprensa, os editoriais servem como declaração de tomada de posições. Revela como aquele veículo de comunicação irá se posicionar editorialmente em relação a determinado assunto. O editorial é o espaço esclarecedor que mostra com todas as letras o que os textos da cobertura jornalística mantém nas entrelinhas. Nesse sentido, é esclarecedor o editorial desta terça-feira (29) da Folha de S. Paulo sobre a situação de Honduras.
Ao invés de condenar os golpistas, como está fazendo toda a comunidade internacional, a Folha prefere criticar o governo brasileiro por dar abrigo ao presidente Manuel Zelaya. E pior: chega a elogiar os golpistas, dizendo que o "regime chefiado por Roberto Micheletti em Honduras ocupa categoria bem mais tênue de ilegitimidade democrática". A frase é praticamente uma releitura internacionalizada do termo "ditabranda" que tanto constrangimento causou ao jornal.